3 - Bombaim

Bombaim ou Mumbai (em marata, Mumbaī, em inglês Mumbai ou Bombay) é a maior e mais importante cidade da Índia, com uma população estimada em 12.478.447 habitantes (2011) residindo apenas no seu núcleo urbano, ou 20.748.395, se consideramos a sua região metropolitana, conhecida como Grande Mumbai, a segunda maior do país — atrás apenas da Grande Deli — e a quarta mais populosa do mundo. Bombaim encontra-se na ilha de Salsete, ao largo da costa ocidental de Maharashtra.
As sete ilhas que vieram a constituir Bombaim são habitadas, há séculos, por nómadas que tinham a pesca como a principal fonte de sobrevivência. Durante séculos, as ilhas ficaram sob o controlo de sucessivos impérios indianos, antes de serem cedidas ao Império Português e, posteriormente, à Companhia Britânica das Índias Orientais, controlada pelo Império Britânico. Durante meados do século XVIII, a urbanização de Bombaim foi reformulada pelos britânicos, com grandes projectos de engenharia civil, fazendo surgir uma cidade comercial e cosmopolita. O desenvolvimento económico e educacional caracterizou a cidade durante o século XIX, tornando-a uma forte base para o movimento de independência da Índia, no início do século XX. Quando o país se tornou independente, em 1947, a cidade foi incorporada ao estado de Bombaim. Em 1960, após o movimento Maharashtra Samyukta, o novo estado de Maharashtra foi criado, com Bombaim como capital, como se mantém até hoje.
Classificada como uma "Cidade Global Alfa", Bombaim é, portanto, o maior centro económico e comercial da Índia, abrigando instituições financeiras importantes, como o Reserve Bank of India (o banco central indiano), a Bombay Stock Exchange e a National Stock Exchange of India, bem como a matriz de diversas empresas indianas. Todos esses atributos fazem com que a cidade seja considerada a mais rica do país, com um Produto Metropolitano Bruto (PMB) estimado em 209 biliões de dólares norte-americanos em 2008, segundo cálculos da PricewaterhouseCoopers, e correspondendo a cerca de 5,5% do PIB do país. A cidade ainda é responsável por quase 70% de todas as transacções comerciais e financeiras da Índia.
Com um dos maiores e mais movimentados portos do mundo, a cidade de Bombaim é responsável por cerca de 70% de toda a actividade portuária do país — devido principalmente à sua modernidade e à sua posição estratégica dentro o continente asiático. Bombaim atrai migrantes de todo o país e de vários países vizinhos, devido às grandes oportunidades comerciais e ao nível de vida relativamente alto. Tornou-se, com isto, um núcleo cosmopolita de várias comunidades e culturas. Encontra-se em Bombaim a chamada Bollywood, a indústria indiana de cinema e televisão.
Em 1995, o governo local repudiou a versão oficial inglesa do nome da cidade, Bombay, em favor da forma oficial marata, transcrita como Mumbai.

Etimologia
É consensual actualmente que o nome do local deriva da deusa adorada no templo de Mumbadevi, um dos mais antigos da ilha construído pela população nativa, encontrado pelos Portugueses à sua chegada, que o deixaram intacto.
O primeiro escritor português a referir-se ao local como Bombaim foi Gaspar Correia, que chegou à Índia em 1512, nas suas “Lendas da Índia”, cuja escrita começou por essa altura, sendo secretário de Afonso de Albuquerque. Naquele mesmo século a grafia parece haver evoluído para Mombayn (1525) e depois Mombaim (1563).
J.P. Machado refuta uma explicação alternativa para o nome, sem bases científicas, segundo a qual Bombaim seria uma corruptelado português Bom Bahia ou Boa Bahia. Esta confusão teria levado ingleses pouco sabedores de português a suporem a presença dessa palavra no topónimo, pelo que o português Bombaim se transformou no inglês Bombay.
É consensual actualmente que o nome do local deriva da deusa adorada no templo de Mumbadevi, um dos mais antigos da ilha construído pela população nativa, encontrado pelos Portugueses à sua chegada, que o deixaram intacto.
O primeiro escritor português a referir-se ao local como Bombaim foi Gaspar Correia, que chegou à Índia em 1512, nas suas “Lendas da Índia”, cuja escrita começou por essa altura, sendo secretário de Afonso de Albuquerque. Naquele mesmo século a grafia parece haver evoluído para Mombayn (1525) e depois Mombaim (1563).
J.P. Machado refuta uma explicação alternativa para o nome, sem bases científicas, segundo a qual Bombaim seria uma corruptelado português Bom Bahia ou Boa Bahia. Esta confusão teria levado ingleses pouco sabedores de português a suporem a presença dessa palavra no topónimo, pelo que o português Bombaim se transformou no inglês Bombay.

A dez minutos de táxi desde o Hotel Taj Mahal, chega-se ao Shora Bazar, um aglomerado de ruas e ruelas onde se pode encontrar de tudo. Com entradas pequenas e atafulhadas de objectos aparentemente sem qualquer utilidade, vai-se penetrando no interior das lojas - corredores profundos e escuros.
À hora certa, ouve-se o entoar da oração muçulmana espalhar-se pelas ruas. Mecanicamente, os crentes apressam-se e carregam as suas barbas ruivas para o interior da mesquita.
À hora certa, ouve-se o entoar da oração muçulmana espalhar-se pelas ruas. Mecanicamente, os crentes apressam-se e carregam as suas barbas ruivas para o interior da mesquita.
História
A actual Bombaim era originalmente um arquipélago de sete ilhas. Os artefactos encontrados perto de Kandivali, no norte da cidade, indicam que as mesmas eram habitadas desde a Idade da Pedra. A presença humana encontra-se documentada desde 250 a.C., quando o local era conhecido como Heptanésia (Ptolomeu). Durante o século III a.C., as ilhas integraram o Império Maurya, governado pelo imperador budista Açoca. Posteriormente, os soberanos hindus da dinastia Silhara governaram-nas até 1343, quando foram anexadas pelo Reino do Guzerate.
A chegada de Portugueses a Bombaim registou-se em 1509. Posteriormente, em 1534, estes tomaram as ilhas ao sultão Bádur Xá de Guzerate. Em 1661, entregaram-nas a Carlos II da Inglaterra como dote de Catarina de Bragança. Em 1668, a coroa inglesa arrendou as ilhas à Companhia Inglesa das Índias Orientais. Neste período, a população cresceu rapidamente de 10.000 habitantes em 1661 para 60.000 em1675. Em 1687, a companhia transferiu a sua sede de Surate para Bombaim.
A partir de 1817, a cidade foi reformulada, com grandes projectos de engenharia civil destinados a fundir todas as ilhas do arquipélago num único terreno. A primeira ferrovia indiana, aberta em 1853, ligava Bombaim a Thane. Durante a Guerra Civil Americana (1861-1865), a cidade tornou-se o principal mercado de algodão do mundo, o que estimulou consideravelmente a economia local. A abertura do Canal de Suez, em 1869, transformou Bombaim num dos maiores portos marítimos do Mar Arábico.
Nos trinta anos seguintes, a cidade tornou-se um grande centro urbano, com melhorias na infraestrutura e o surgimento de muitas das instituições municipais. A população atingiu um milhão de habitantes em 1906, o que a fez a segunda maior cidade da Índia depois de Calcutá. Foi uma base importante para o movimento de independência indiano, de que exemplo o movimento "Deixem a Índia" (Quit India, em inglês), convocado por Gandhi em 1942. Após a independência da Índia em 1947, Bombaim passou a ser a capital do estado de Bombaim. Em 1950, a cidade expandiu-se até os seus limites actuais, ao incorporar partes da ilha de Salsete, ao norte. Em 1960, quando o estado de Bombaim foi dividido por critérios linguísticos entre os novos estados de Maharashtra e Guzerate, a cidade tornou-se a capital do primeiro.
O final dos anos 1970 assistiu a um surto de construção e a afluência considerável de imigrantes, que fizeram Bombaim ultrapassar Calcutá em termos populacionais. A presença de forasteiros começou a preocupar a etnia local, marata, o que levou ao surgimento do partido político de direita Shiv Sena, em 1966. A cidade viveu então episódios violentos.
A actual Bombaim era originalmente um arquipélago de sete ilhas. Os artefactos encontrados perto de Kandivali, no norte da cidade, indicam que as mesmas eram habitadas desde a Idade da Pedra. A presença humana encontra-se documentada desde 250 a.C., quando o local era conhecido como Heptanésia (Ptolomeu). Durante o século III a.C., as ilhas integraram o Império Maurya, governado pelo imperador budista Açoca. Posteriormente, os soberanos hindus da dinastia Silhara governaram-nas até 1343, quando foram anexadas pelo Reino do Guzerate.
A chegada de Portugueses a Bombaim registou-se em 1509. Posteriormente, em 1534, estes tomaram as ilhas ao sultão Bádur Xá de Guzerate. Em 1661, entregaram-nas a Carlos II da Inglaterra como dote de Catarina de Bragança. Em 1668, a coroa inglesa arrendou as ilhas à Companhia Inglesa das Índias Orientais. Neste período, a população cresceu rapidamente de 10.000 habitantes em 1661 para 60.000 em1675. Em 1687, a companhia transferiu a sua sede de Surate para Bombaim.
A partir de 1817, a cidade foi reformulada, com grandes projectos de engenharia civil destinados a fundir todas as ilhas do arquipélago num único terreno. A primeira ferrovia indiana, aberta em 1853, ligava Bombaim a Thane. Durante a Guerra Civil Americana (1861-1865), a cidade tornou-se o principal mercado de algodão do mundo, o que estimulou consideravelmente a economia local. A abertura do Canal de Suez, em 1869, transformou Bombaim num dos maiores portos marítimos do Mar Arábico.
Nos trinta anos seguintes, a cidade tornou-se um grande centro urbano, com melhorias na infraestrutura e o surgimento de muitas das instituições municipais. A população atingiu um milhão de habitantes em 1906, o que a fez a segunda maior cidade da Índia depois de Calcutá. Foi uma base importante para o movimento de independência indiano, de que exemplo o movimento "Deixem a Índia" (Quit India, em inglês), convocado por Gandhi em 1942. Após a independência da Índia em 1947, Bombaim passou a ser a capital do estado de Bombaim. Em 1950, a cidade expandiu-se até os seus limites actuais, ao incorporar partes da ilha de Salsete, ao norte. Em 1960, quando o estado de Bombaim foi dividido por critérios linguísticos entre os novos estados de Maharashtra e Guzerate, a cidade tornou-se a capital do primeiro.
O final dos anos 1970 assistiu a um surto de construção e a afluência considerável de imigrantes, que fizeram Bombaim ultrapassar Calcutá em termos populacionais. A presença de forasteiros começou a preocupar a etnia local, marata, o que levou ao surgimento do partido político de direita Shiv Sena, em 1966. A cidade viveu então episódios violentos.

A fotografia de cima e a de baixo reflectem bem os contrastes de Bombaim: nesta cidade, pobreza e riqueza convivem lado a lado.
Em cima, uma fotografia tirada enquanto se percorrem as ruas: as casas "dos mais pobre dos pobres" começam mal termina a estrada. Da parte de baixo da construção, a divisão comum, onde se cozinha; da parte de cima, os "buracos" onde famílias numerosas se encafuam para dormir sob chapas que fervem ao calor do Sol.
Em baixo, o sumptuoso hotel Taj Mahal. Dentro do hotel compreende-se o conceito de "luxo asiático".
Economia
Mumbai é a maior cidade da Índia, e, efectivamente, o principal e mais desenvolvido centro financeiro e comercial do país, sendo responsável por cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) indiano em 2010. A cidade e sua região metropolitana servem ainda como grande centro industrial e comercial, contribuindo ao empregar 10% da mão-de-obra fabril, 25% do rendimento industrial bruto, 33% dos impostos recolhidos pelo governo através da realização de actividades financeiras e 20% dos impostos extraídos do sector de serviços na Índia.
Em 2008, o PIB nominal da região metropolitana de Mumbai foi de 919 biliões de rupias indianas (cerca de 183 biliões de dólares norte-americanos), enquanto a sua “Paridade de Poder de Compra” ficou em pouco mais de 1 trilião de rupias indianas (o que equivale a aproximadamente 208 biliões de dólares norte-americanos).
Já em 2009, o PIB per capita da Grande Mumbai foi de 48 mil rupias indianas (cerca 9,7 mil dólares norte-americanos), três vezes superior o PIB per capita nacional.
Muitos dos aglomerados empresariais indianos (como Larsen and Toubro, Reliance, TATA Group, Life Corp. e etc), além de cinco das 500 maiores empresas do mundo, segundo a revista Forbes, têm a sua sede em Mumbai. Além disso, a maioria dos bancos e instituições financeiras da Índia estão sediadas na cidade, ou na sua região metropolitana.
Desde os anos 1970, Mumbai vem registando um longo crescimento na actividade portuária e no sector industrial, considerados fundamentais para a economia da cidade desde a independência do Reino Unido. Entretanto, as actividades financeiras e de serviços vem ganhando cada vez mais espaço na economia da cidade, principalmente desde o final dos anos 1990. Em 2008, a Globalization and World Cities Study Group classificou Mumbai como uma “Cidade Global Alfa”, o mais alto índice para se classificar uma cidade global. Tal classificação é fruto do facto da cidade ser a terceira mais cara do mundo para actividades empresariais, e de ter sido tida como a cidade com mais rápido crescimento económico da Ásia em 2007.
Mumbai é a maior cidade da Índia, e, efectivamente, o principal e mais desenvolvido centro financeiro e comercial do país, sendo responsável por cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) indiano em 2010. A cidade e sua região metropolitana servem ainda como grande centro industrial e comercial, contribuindo ao empregar 10% da mão-de-obra fabril, 25% do rendimento industrial bruto, 33% dos impostos recolhidos pelo governo através da realização de actividades financeiras e 20% dos impostos extraídos do sector de serviços na Índia.
Em 2008, o PIB nominal da região metropolitana de Mumbai foi de 919 biliões de rupias indianas (cerca de 183 biliões de dólares norte-americanos), enquanto a sua “Paridade de Poder de Compra” ficou em pouco mais de 1 trilião de rupias indianas (o que equivale a aproximadamente 208 biliões de dólares norte-americanos).
Já em 2009, o PIB per capita da Grande Mumbai foi de 48 mil rupias indianas (cerca 9,7 mil dólares norte-americanos), três vezes superior o PIB per capita nacional.
Muitos dos aglomerados empresariais indianos (como Larsen and Toubro, Reliance, TATA Group, Life Corp. e etc), além de cinco das 500 maiores empresas do mundo, segundo a revista Forbes, têm a sua sede em Mumbai. Além disso, a maioria dos bancos e instituições financeiras da Índia estão sediadas na cidade, ou na sua região metropolitana.
Desde os anos 1970, Mumbai vem registando um longo crescimento na actividade portuária e no sector industrial, considerados fundamentais para a economia da cidade desde a independência do Reino Unido. Entretanto, as actividades financeiras e de serviços vem ganhando cada vez mais espaço na economia da cidade, principalmente desde o final dos anos 1990. Em 2008, a Globalization and World Cities Study Group classificou Mumbai como uma “Cidade Global Alfa”, o mais alto índice para se classificar uma cidade global. Tal classificação é fruto do facto da cidade ser a terceira mais cara do mundo para actividades empresariais, e de ter sido tida como a cidade com mais rápido crescimento económico da Ásia em 2007.